A Morte da Gaivota
Figura alada Súbito o estampido
e da nuvem álacre
uma ave espavorida se desprende
balouça
oscila
nas transparentes mãos do vento
branca pluma de argila Um grito atónito acompanha
sua lenta descida E sobre as águas cai
frágil recordação do frémito das asas
a gaivota ferida Breve sulco vermelho
na indiferença azul salgada Eis o que resta só
da brancura alada Manuel Madeira, in "No Encalço do Real Inalcançável"
2 comentários:
Ao poeta Manuel Madeira:
a palavra pode ser um símbolo ou o equivalente do ser.
Por exemplo, pode ser um poema.
Como é o caso presente.
Obrigado!
Passo muitas vezes por este blog porque me surpreende sempre que chego...
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