20/09/2005

Ai Federico!

Em teu "Romancero Gitano"
Aprendi passos de dança
Punhos verdes que se enlaçam
Rosas do ventre saídas.
Aprendi sangue moreno
Vestindo bordado fino
O corpo de monja nua.
Em noites de lua cheia
Às portas de Guadalquivir
"Torres Heredia" morreu
Vivendo de ti, morte-vida.
Ai Federico, adivinhada morte!
Em tua vida de luta
Aprendi passos de vida
Papoilas que se entrelaçam
Forças da alma nascidas.
Aprendi "o Canto Fundo"
Vindo do fundo de ti
"Bodas de Sangue" inspiradas
em bodas que não tiveste.
Teu sangue, manto bordado
na morte feito poema.
Ai Federico, tua morte vida é.
Glória Maria Marreiros, inédito

4 comentários:

Anónimo disse...

Pleno de força, como a autora que nos parece frágil.
Apenas a aparência.
Luz difusa por onde se esconde a beleza do poema. Apenas?
( sorriso cúmplice )
Donde?

Anónimo disse...

Passam 15 minutos "de las cinco de la tarde.
Eran las cinco en punto de la tarde"
Canto maior à amiga Glória!

Anónimo disse...

titia Glória!
las duas chicas - adivinhe quem são? - não resistiram.
e eu estou de alma e coração com elas.
bjinhos Queen Glory!

Anónimo disse...

Suave e resistente ! Bonito, amiga Glória.
Um abraço.
Fernanda.