24/09/2005

a dizer o instante

olha as tuas mãos a escrever poemas
a dizer o instante
a consumir o fogo que se expande, a existência.
olha as tuas mãos a chorar nas minhas.
olha! são searas são vinhas que tangem a beleza
e a embebedam de sinais.
maria gomes, inédito, coimbra 2005

4 comentários:

Anónimo disse...

O signo.
As mãos.
O poema
maria.

e tudo o mais é poesia.

Anónimo disse...

Gostei MUITO destas mãos tecendo vida. Belo poema, Maria Gomes, tão simples ( parece, não é ?) mas tão genuíno, tão verdadeiro e coadunando-se tão harmoniosamente com as outras mãos que amassam o pão.
Fernanda.

Anónimo disse...

Antes de recolher, neste instante em que escrevo, descubro uma nova e talentosa poeta.
Digna de um ( deste ) palácio de poesia e varandas viradas a sul, e, esta ( a ) pérgola de palácio, dela.
A descoberta.

Anónimo disse...

muito, muito bonito. tudo.
a maria, o poema, os comentários.
simples e dignos. como GENTE escrita em maiúscula.