22/09/2005

O Equinócio de Outono

O Outono avizinha o período da morte da Natureza.
Segundo os "Mistérios Eleusianos", no 'Hino a Demeter' ( Deusa grega da Vegetação ) escrito por Homero, Setembro é o mês em que se revê o desaparecimento de Perséfona, filha de Demeter, raptada por Plutão, Senhor dos Mortos. Demeter procura-a durante anos, enquanto a vegetação morre e desaparece da Terra. Vendo isto, Zeus negoceia com Platão o resgate de Perséfona, conseguindo que esta passe dois terços do ano com a mãe em alternância a um com ele. O grande mito grego que retrata a morte e ressurreição, na metáfora de Perséfona, enquadra-se na concepção oriental generalizada na necessidade da morte anual de uma divindade ligada à vegetação, como medida preventiva, para que esta renasça na Primavera seguinte. Era comumente aceite a ideia de que rituais semelhantes, praticados tanto na Primavera ( sementeiras ) como no Outono ( colheitas ), contribuiam para o crescimento e fortalecimento de cereais e plantas. Substitutos dos deuses, simbolizados nas formas de animais ou de alimentos representativos, eram ingeridos em refeições cerimoniais, propiciatórias desta fertilidade.
Por outro lado, estes rituais têm a faculdade de reconcialiar o homem com a morte, enfatizando a possibilidade de vida após a morte.
Etnografia. Equinócio de Outono, in http://paginas.sapo.pt

8 comentários:

Anónimo disse...

Tia "Sissa" - gosto, particularmente, da escolha deste seu texto.
Parabéns.

Anónimo disse...

Perto do que ainda me resta,
desnudada dos pés até à fronte
procuro os deuses dentro das pessoas,
e busco, nas pedras soltas, restos de um outro canto.
Eco do que sou tão pouco.

Anónimo disse...

oi, querida Rosarinho. também por aqui. bjocas

inspiradíssima, hoje, Anamar... será presságio de "ternas guerras"?
eu te saúdo, esperando!

Anónimo disse...

Não percebo onde queres chegar, Gaby!

Anónimo disse...

nem eu.
esquece!

Anónimo disse...

"Trancada" fora do Palácio e de outros blogs, por ter estado sem acesso à net, volto e encontro maravilhas : os textos e imagens tão sugestivos que fazem eclodir o sentir poético dos comentadores, especialmente da Anamar ( já o seu nome é evocativo de poesia, magia, horizonte infinito, mar, amar, etc.). Bravo ! Gostei muito dos seus mais recentes comentários e espero encontrar mais. Desafios de intelectos jovens e vivos. Comentar é acrescentar algo de belo ao que nos foi dado fruir. Um abraço.
Fernanda.

Anónimo disse...

quanta beleza e deslumbre!
palavras para quê?
tudo o que dissesse ou escrevesse ficava aquém do dito e escrito.
por isso me basto.

Anónimo disse...

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