31/10/2005

Agora

música não, agora -
nem vozes,
nem canto de pássaro ou pessoas,
nem o segredar do vento,
nem a raiva que em rajadas dementes
desce dos olhos irados dos homens
do meu tempo -
só quero que o silêncio das pedras
me ensurdeça para sempre.
António Simões, inédito, "Seis poemas com pedras dentro", in JL, 2000.

4 comentários:

Anónimo disse...

Poeta que vais abrindo caminho em apetências de sonhos. Recordações de infância superadas.
Poeta ao sul dourado.

Anónimo disse...

Grande dor que tal pedido faz !

Fernanda.

Anónimo disse...

lindo!

sem mais comentários!

Anónimo disse...

Where did you find it? Interesting read Tonka volvo