30/10/2005

diálogos interrompidos

I -

levanto-me cansada
um vazio inoperante enlaça-me
penso
finjo que escrevo
oiço
a 1ª sinfonia para piano e orquestra de Tchaikovsky
.vivo num mundo paralelo.
gabriela rocha martins, inédito, in "Hydra".

6 comentários:

Anónimo disse...

Também gosto muito da 1.ªsinfonia para piano e orquestra de Tchaikovsky, oh se gosto! E até a fui pôr a tocar agora. Mas do que não gosto é desse acordar cansada, vamos a espevitar, menina! Porque o vazio não é inoperante!É, por vezes bem criativo. Fico à espera...

Fernanda.

Anónimo disse...

Não ligue, Fernanda. Ela é uma fingidora... é poeta!

Anónimo disse...

Permitem-me as meninas que me junte à conversa e acrescente - o embuste feito cansaço.
É assim que a Maria Gabriela nos vai levando à certa! - não é verdade, amiga?

Anónimo disse...

Tantas palavras para quê? - Mulheres!....

A POESIA, minhas amigas, lê-se, mastiga-se e engole-se, às vezes, de uma forma sofrida.
Escreve-se também com amargura, e, porque não cansaço?

Anónimo disse...

MULHERES !...Que por muito sofridas, muito cansadas, muito lutadoras, não falam para se ouvirem. São elas que melhor compreendem a poesia, quer como leitoras compreensivas, quer como artistas/escritoras. Que seria dos poetas se não houvesse mulheres para os entenderem e/ou para lhes servirem de Musas inspiradoras ???

Queria polémica, Gabriela? Aí vai ...

Fernanda.

Anónimo disse...

ora assim é que eu gosto!

a máscara, porém, não a retiro. se sou poeta, não sei. sei que gosto de escrever...poesia.

e estou absolutamente de acordo com a Fernanda quando diz que as mulheres têm, indubitavelmente, um preponderante papel em quaisquer manfestações. ou não fossemos nós MULHERES.

agora, permita-me, amigo José Artur, que não esteja de acordo consigo.e não estou pelas razões que acima aponto.

MULHERES, sim, com maiúscula!
e... como mulher... um terno muito obrigada.