29/10/2005

poema II

O sol abre os braços
Acorda redondo no sono
Traz à boca, a boca
O sabor da saliva quieta
O lado ansioso e azul da janela
O sol abre os braços
Oferece o seu coração jugular diamante
e as costas doem-lhe de sangue
e os ombros pesam-lhe
carregados de estrelas e negro
Sandro William Junqueiro, inédito, Julho de 2005.

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