14/11/2005

Canto a Carlos da Maia

Ai Marinheiro...Marinheiro!
Que das águas doces
do ventre de tua mãe
- como se um príncipe fosses -
na terra de Olhão nasceste um dia.
Não sei se ventava ou chovia
mas certamente o sol brilhava
nessa noite de euforia
envergonhando a lua
que beijar-te queria.

Ai Marinheiro...Marinheiro!
Sulcando os mares da Vida
velejaste, timoneiro,
pensando rumos diferentes
de bonança e calmaria
onde as ondas fossem esperança
e a espuma fosse alegria.

Foste herói e professor,
cidadão, extremoso filho,
sigrando na terra o trilho
do Amor e da Verdade.
Foste amigo, foste pai
dos homens que dirigiste
mastro de lealdade
da bandeira que seguiste.
Por ele, teu filho - teu sangue -
orfão ficou em Outubro
quando teu corpo exangue
foi um grito verde e rubro.

Ai meu herói! Meu herói!
Se os astros adivinhassem
outro fado te dariam...
E os mares que tanto amaste
suas águas abririam
para engolir quem matou
antes que a morte matasse
quem à Vida se entregou.

Ai Carlos da Maia! Marinheiro... Marinheiro!

Glória Maria Marreiros.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um beijo, Glória.

Anónimo disse...

obrigada ( pela Glória ), minha amiga!
outro para ti.