04/07/2005

Abro as veias: irreprimível,
Irrecuperável, a vida vaza.
Ponham embaixo vasos e vasilhas!
Todas as vasilhas serão rasas,
Parcos os vasos.
Pelas bordas - à margem -
Para os veios negros da terra vazia,
Nutriz da vida, irrecuperável,
Irreprimível, vasa a poesia.
Anna Akhmátova, 1934

3 comentários:

Anónimo disse...

Poesiaa vinda de leste com cheiro a frio, neve, morte e desalento.

Anónimo disse...

A beleza nua da estepe russa

Anónimo disse...

e não só, meus Amigos!
Poesia/Mulher feita, lembrando sua Tereza, Valdir...