Se as mãos de alguém viessem, virtuais,
Suavizar-me a dor, afagar-me a testa! -
Ligo o computador, busco os sinais,
Gigaherz da ternura que resta. Carrego numa tecla e tu sais
Ao meu encontro com ar de festa:
E nas mãos, de súbito naturais,
O afago mais doce se manifesta. Peço ao computador que derrame
Dentro de mim mais memória ram,
Pra reter-te pra sempre num ficheiro. 1000 gigabites, meu coração,
Onde cabem os que a mim se dão,
Como tu a mim te deste por inteiro. António Simões.
8 comentários:
A fim de suavizar um fim de tarde frio de Novembro, um novo e belíssimo poema de António Simões.
Eram estas palvras quentes necessárias para nos aquecer a fria alma.
Um forte abraço, amigo Simões!
Depois de um dia irritante e frio, sabe muito bem chegar a casa, e encontrar esta doce e quente poesia.
Obrigada, António Simões.
Descansar os olhos num poema de António Simões é, ao mesmo tempo em que se colhe uma flor, um doce suspiro de noite de Outono.
É a doçura feita poema.
É muito bom encontrar almas sensíveis como a sua, senhor Poeta!
Deixai-me adormecer guarnecida dos versos colhidos em seus poemas...
Passo apenas para um poético abraço.
Alguém se dá a alguém por inteiro, amigo Simões?
Acredita nisso?
Utópico, meu amigo!
Claro que alguém se dá a alguém por inteiro - o universo dos gigabites, a mim, soa-me a metáfora. Mas há muitos seres que se dão a outros por inteiro, felizmente, e isso vale uma vida. Muitos são os escolhidos, poucos os eleitos.
Belo poema de amor.
muito obrigada, meus amigos, muito embora devesse ser o António Simões a agradecer...no entanto, faço-o, em nome da gerência, mas acho que estes "Senhores/Meninos" deveriam aparecer mais vezes, não concordam comigo?
para todos um beijinho.
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