10/11/2005

Amor Virtual

Se as mãos de alguém viessem, virtuais,
Suavizar-me a dor, afagar-me a testa! -
Ligo o computador, busco os sinais,
Gigaherz da ternura que resta.
Carrego numa tecla e tu sais
Ao meu encontro com ar de festa:
E nas mãos, de súbito naturais,
O afago mais doce se manifesta.
Peço ao computador que derrame
Dentro de mim mais memória ram,
Pra reter-te pra sempre num ficheiro.
1000 gigabites, meu coração,
Onde cabem os que a mim se dão,
Como tu a mim te deste por inteiro.
António Simões.

8 comentários:

Anónimo disse...

A fim de suavizar um fim de tarde frio de Novembro, um novo e belíssimo poema de António Simões.
Eram estas palvras quentes necessárias para nos aquecer a fria alma.

Um forte abraço, amigo Simões!

Anónimo disse...

Depois de um dia irritante e frio, sabe muito bem chegar a casa, e encontrar esta doce e quente poesia.
Obrigada, António Simões.

Anónimo disse...

Descansar os olhos num poema de António Simões é, ao mesmo tempo em que se colhe uma flor, um doce suspiro de noite de Outono.
É a doçura feita poema.
É muito bom encontrar almas sensíveis como a sua, senhor Poeta!

Anónimo disse...

Deixai-me adormecer guarnecida dos versos colhidos em seus poemas...

Anónimo disse...

Passo apenas para um poético abraço.

Anónimo disse...

Alguém se dá a alguém por inteiro, amigo Simões?
Acredita nisso?
Utópico, meu amigo!

Anónimo disse...

Claro que alguém se dá a alguém por inteiro - o universo dos gigabites, a mim, soa-me a metáfora. Mas há muitos seres que se dão a outros por inteiro, felizmente, e isso vale uma vida. Muitos são os escolhidos, poucos os eleitos.
Belo poema de amor.

Anónimo disse...

muito obrigada, meus amigos, muito embora devesse ser o António Simões a agradecer...no entanto, faço-o, em nome da gerência, mas acho que estes "Senhores/Meninos" deveriam aparecer mais vezes, não concordam comigo?

para todos um beijinho.