Lendo e aprofundando esta legenda que prende as palavras na paisagem, sinto a reverência panteísta de quem se identifica com o significado de uma força que não é só cenário. Sinto aqui duas vivências muito fortes e muito vividas resultando a compreensão da natureza em consequência de uma experiência de vida conseguida. Vem-me à ideia o texto “ Por amor de um verso” de Rainer Maria Rilke... Poderá ser ? Imaginação a mais...
não comento os vossos doutos comentários. limito-me, em relação à Fernanda em dizer que, indiscutivelmente, conhece muito melhor o Augusto Mota do que eu, logo, tudo o que, também, em relação a si pudesse dizer, seria descabido.
Não, Gabriela, não seria descabido. Porque o escritor/poeta escreve, sente ou não sente (o poeta é o tal fingidor), mas não sabemos o que lhe passa no espírito. Depois do texto lançado ao vento, "sentir, sinta quem lê". E podemos sentir o que o autor não sentiu e cada um de nós diferentemente. Cada vez que lemos um texto, estamos a recriá-lo através de sentimentos/vivências várias. Um beijo amigo. Gosto tanto de passar por aqui, ao cair da tarde...
tem razão, minha amiga! mas essa leitura é indutiva. todavia, há sempre uma outra. dedutiva. isto é. todo o texto literário exige três tempos. um de concepão. outro de criação. um último de fruição. os dois primeiros dizem respeito, apenas, ao autor...( e o primeiro e o último podem não coincidir, até mesmo para ele. quantos textos não nos comandam, independentemente, da nossa vontade? concebemo-los de um modo e, por fim, ele leva-nos para outro ). mas, o primeiro e o segundo, dizia, são sempre, tempos do autor ( e aqui, minha querida, quem o conhece chega mais facilmente ao texto ). o terceiro, esse, de facto pode ser - e é - também do leitor. e permite, como diz e muito bem, inúmeras leituras.
pronto. lá estou eu provocar!!! segundo uma amiga minha - não o deveria fazer - mas que querem? não consigo resistir a uma salutar troca de ideias.
Nada mais tenho a acrescentar ! Totalmente de acordo! belíssima exposição de teoria e de criação literária ( quem dera que tantos expusessem com essa clareza ).Provocar no são sentido da palavra é por demais necessário e positivo ... e eu, como já se apercebeu, também gosto. Da sã discussão nasce a luz e a troca de impressões é sempre uma mais valia - pelo menos EU sempre assim pensei.É até um prazer! Um Beijo amigo de boa noite.
10 comentários:
Sempre no domínio do conceptual, é de génio esta passagem interior.
Abro de par em par as janelas do meu ser e deixo entrar os raios quentes do sol em fim de tarde.
Um beijo amigo aos "moradores" do palácio.
Inexoravelmente o tempo é marcado por acto criativo.
E assim se repete ao infinito.
O sabor de um fruto colhido numa tarde de Outono.
Uma romã aqui deixada. Sirva-se, senhor!
Lendo e aprofundando esta legenda que prende as palavras na paisagem, sinto a reverência panteísta de quem se identifica com o significado de uma força que não é só cenário. Sinto aqui duas vivências muito fortes e muito vividas resultando a compreensão da natureza em consequência de uma experiência de vida conseguida. Vem-me à ideia o texto “ Por amor de um verso” de Rainer Maria Rilke... Poderá ser ? Imaginação a mais...
não comento os vossos doutos comentários. limito-me, em relação à Fernanda em dizer que, indiscutivelmente, conhece muito melhor o Augusto Mota do que eu, logo, tudo o que, também, em relação a si pudesse dizer, seria descabido.
aqui fica, porém, um beijo amigo.
Não, Gabriela, não seria descabido. Porque o escritor/poeta escreve, sente ou não sente (o poeta é o tal fingidor), mas não sabemos o que lhe passa no espírito. Depois do texto lançado ao vento, "sentir, sinta quem lê". E podemos sentir o que o autor não sentiu e cada um de nós diferentemente. Cada vez que lemos um texto, estamos a recriá-lo através de sentimentos/vivências várias.
Um beijo amigo. Gosto tanto de passar por aqui, ao cair da tarde...
tem razão, minha amiga!
mas essa leitura é indutiva. todavia, há sempre uma outra. dedutiva.
isto é. todo o texto literário exige três tempos. um de concepão. outro de criação. um último de fruição. os dois primeiros dizem respeito, apenas, ao autor...( e o primeiro e o último podem não coincidir, até mesmo para ele. quantos textos não nos comandam, independentemente, da nossa vontade? concebemo-los de um modo e, por fim, ele leva-nos para outro ). mas, o primeiro e o segundo, dizia, são sempre, tempos do autor ( e aqui, minha querida, quem o conhece chega mais facilmente ao texto ). o terceiro, esse, de facto pode ser - e é - também do leitor. e permite, como diz e muito bem, inúmeras leituras.
pronto. lá estou eu provocar!!! segundo uma amiga minha - não o deveria fazer - mas que querem? não consigo resistir a uma salutar troca de ideias.
Nada mais tenho a acrescentar ! Totalmente de acordo! belíssima exposição de teoria e de criação literária ( quem dera que tantos expusessem com essa clareza ).Provocar no são sentido da palavra é por demais necessário e positivo ... e eu, como já se apercebeu, também gosto. Da sã discussão nasce a luz e a troca de impressões é sempre uma mais valia - pelo menos EU sempre assim pensei.É até um prazer!
Um Beijo amigo de boa noite.
reservamo-nos para outras conversinhas ao fim de tarde...um outro beijo.
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