Ai Marinheiro...Marinheiro!
Que das águas doces
do ventre de tua mãe
- como se um príncipe fosses -
na terra de Olhão nasceste um dia.
Não sei se ventava ou chovia
mas certamente o sol brilhava
nessa noite de euforia
envergonhando a lua
que beijar-te queria.
Ai Marinheiro...Marinheiro!
Sulcando os mares da Vida
velejaste, timoneiro,
pensando rumos diferentes
de bonança e calmaria
onde as ondas fossem esperança
e a espuma fosse alegria.
Foste herói e professor,
cidadão, extremoso filho,
sigrando na terra o trilho
do Amor e da Verdade.
Foste amigo, foste pai
dos homens que dirigiste
mastro de lealdade
da bandeira que seguiste.
Por ele, teu filho - teu sangue -
orfão ficou em Outubro
quando teu corpo exangue
foi um grito verde e rubro.
Ai meu herói! Meu herói!
Se os astros adivinhassem
outro fado te dariam...
E os mares que tanto amaste
suas águas abririam
para engolir quem matou
antes que a morte matasse
quem à Vida se entregou.
Ai Carlos da Maia! Marinheiro... Marinheiro!
Glória Maria Marreiros.
2 comentários:
Um beijo, Glória.
obrigada ( pela Glória ), minha amiga!
outro para ti.
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